terça-feira, 17 de novembro de 2009

Paródia feita pelos cursistas da Escola Ativa Santa Vitória

Um caminhão de gente chegou aqui
em janeiro do ano 92.
Todos queriam essa terra conseguir
mesmo sem saber o que iam enfrentar
depois.

Só encontraram muita seca a atrapalhar,
nada podia esse povo produzir,
mas nosso lema é lutar e insistir,
resistir e não sair e a vitória conseguir.

Santa Vitória é a nossa Padroeira
em homenagem a conquista desse povo.
Nos orgulhamos dessa nossa trajetória
fazendo o grito da vitória ecoar aqui
de novo.

Somos filhos de assentados
e lutamos pra vencer.
Somos todos orgulhosos
do que sabemos fazer.
Não deixamos que nos pisem
pois a luta é pra valer.
Somos frutos do trabalho
do MST!

Há 17 anos estamos aqui
e quase nada o poder público implantou.
A nossa sede foi levantada por nós,
e o prédio da escola o INCRA que
sorteou.

Temos em média 200 habitantes
de agricultores, artesões e estudantes.
Os Evangélicos, Católicos e Espíritas
são aspectos culturais desse povo
triunfante.

Um caminhão de gente chegou aqui
em janeiro do ano 92.
Todos queriam essa terra conseguir
mesmo sem saber o que iam enfrentar
depois.

Só encontraram muita seca a atrapalhar,
nada podia esse povo produzir,
mas nosso lema é lutar e insistir,
resistir e não sair e a vitória conseguir.

Santa Vitória é a nossa Padroeira
em homenagem a conquista desse povo.
Nos orgulhamos dessa nossa trajetória
fazendo o grito da vitória ecoar aqui
de novo.

Somos filhos de assentados
e lutamos pra vencer.
Somos todos orgulhosos
do que sabemos fazer.
Não deixamos que nos pisem
pois a luta é pra valer.
Somos frutos do trabalho
do MST!

Há 17 anos estamos aqui
e quase nada o poder público implantou.
A nossa sede foi levantada por nós,
e o prédio da escola o INCRA que
sorteou.

Temos em média 200 habitantes
de agricultores, artesões e estudantes.
Os Evangélicos, Católicos e Espíritas
são aspectos culturais desse povo
triunfante.

Fundação do Assentamento Santa Vitória

O assentamento Santa Vitoria tem uma longa historia antes de ser fundado. Tudo começou com um movimento social que buscava a concretização da reforma agrária cujo responsável por essas organizações era o MST (Movimento dos Trabalhadores rurais sem Terra), ocupando terras consideradas improdutivas forçando o governo fazer as desapropriações diminuindo o latifúndio e fortalecendo o pequeno produtor rural.
Assim sendo, em novembro de 1991 o INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) negociou e deliberou a terra da fazenda D. Bosco e no dia 10 de janeiro de 1992 o pessoal que a tanto tempo lutava por um pedaço de chão para trabalhar, afinal foi impossado. Em razão dessa conquista resolveram homenagear nossa senhora das vitórias considerando a fé e a crença dos fiéis mudaram o nome de Fazenda D. Bosco para Assentamento Santa Vitoria.
No inicio tudo era muito difícil só encontraram uma extensa mata e muita seca, e água só era encontrada numa localidade chamada 12 mesmo existindo muitos poços artesanais na comunidade não funcionavam, viviam basicamente das caças locais, das castanhas encontradas nos cajueiros no meio da mata, além de ajuda alimentícia adquirida na cidade de São Bento do Norte. Não tinham transportes, andavam quilômetros a pé, não tinham casas, moravam em barracos de lona ou taipa; luz só das lamparinas, das estrelas e da lua.
A escola era totalmente isolada, não fazia parte da rede pública, menos ainda da rede privada de ensino, era uma escola sem nome e sem registro, sem professores para ensinar devido não haver remuneração; pensando a senhora Francisca Maria da Silva resolveu alfabetizar as crianças gratuitamente, já que como todos os assentados, ela também era beneficiaria do Programa de Emergência, voluntariamente tornou-se a primeira professora da comunidade. Nesse tempo não havia prédio escolar próprio e as aulas aconteciam numa sala da casa grande da fazenda, único prédio existente na localidade, os bancos para sentar eram as crianças que levavam de casa.
Algum tempo depois conseguiram alguns programas sociais através de movimentos e algumas entidades, como a igreja católica que conseguia ajuda através da Pastoral da criança oriunda da Alemanha e o PAPP, atual PDS (Programa de Desenvolvimento Solidário) com projetos a fundo perdidos como criação de gado leiteiro, criação de porcos e a industrialização de seus derivados, como queijo e lingüiça, para isso construíram uma queijeira e uma fábrica de lingüiça, porém não tiveram êxito por falta de planejamento e até mesmo de experiências com o trabalho coletivo.
Com a chegada do credito de habitação, a agrovila foi construída e as pessoas saíram das barracas para suas casas, logo reativaram os poços. A partir daí a escola passou a funcionar na residência do senhor Juarez Santana da Silva e o então prefeito Raimundo Pereira Primo reconheceu a escola e contratou o jovem Manoel Messias Gomes ainda leigo para lecionar de 1ª a 4ª série passando a ser o primeiro professor remunerado da localidade. Depois a escola passou a funcionar na sede comunitária e no final de 1996 o assentamento foi contemplado com uma escola cujo prédio foi construído pelo INCRA deixando a manutenção do mesmo e o pagamento dos funcionários por conta da prefeitura.
Dos primeiros moradores que aqui chegaram restam apenas os senhores Severino Roberto da Silva, Eronilde Ribeiro da Fonseca, Sergio Macedo, Leovegídio, Joaquim Alves dos Santos, Juarez Santana da Silva, José Cardoso, José Lucio Eduardo Santa Rosa, José Niel Eduardo Santa Rosa, Ivanildo Eduardo Santa Rosa, Raimundo Lopes, Antonio Lopes, João Maria Silva e a senhora Maria Tereza de Araújo.
O assentamento compreende uma área de aproximadamente 1500 hectares, localiza-se a 25 km da sede, tem a caatinga por vegetação e o clima semiárido.
Sua população tem em média 200 habitantes e estão assim distribuídos, agricultores, artesões, apicultores e estudantes, na agricultura destaca-se o cultivo de hortaliças, além dessas fontes de renda tem ainda aposentados, funcionários públicos e beneficiários do Bolsa Família. No aspecto religioso, a comunidade é composta por evangélicos, católicos e espíritas.